O homem pode não ser rico, mas se ele tiver na bagagem a leitura será mais que isso: será sábio. A sabedoria, sem dúvida, é grandiosa, é tudo na vida, não na morte. Na morte, todos os homens são igualmente leigos.

Margarete Solange. Contos Reunidos, p. 98

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Santa Fé - Lançamento

Sinopse

A propriedade é um mundaréu de terras sem fim. Nos domínios de sua fazenda, Seu Ricardo reina absoluto: vigia tudo e controla a todos. Ninguém ousava contrariá-lo, até que surgiu a nova professora do grupo escolar com coragem e esperteza para ameaçar o seu poderio. Longe da família e dos amigos, a solidão e os dissabores fazem Jacqueline entrar em um terrível conflito interior que a deixa confusa. Observa que virtudes e defeitos são qualidades que por vezes se fundem, mas é natural do ser humano enxergar a maldade em outros, e em si mesmo, somente a bondade que deseja ver. Assediada pelo filho do patrão, prepara-se para não se deixar enganar pelo aventureiro, mas logo se encanta com as belezas do lugar, então movida pela ambição, planeja tornar-se senhora de Santa Fé.


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Santa Fé
Romance de Margarete Solange
Literatura Brasileira 
ISBN: 978-85-60650-92-7
Ano:  2014,  páginas: 170, 1ª edição
Editora: Sarau das Letras:
Imagem da capa: Felipe Galdino.

Em BREVE 
disponível na 
Livraria Saraiva

domingo, 14 de dezembro de 2014

O Velho e A Menina


Sinopse 

O amor pela menina fez o velho aprender a sonhar novamente. E o sonhar impulsiona o homem a sentir-se capaz. A vida precisa dos sonhos para ser melhor vivida. Não importa se esses sonhos são possíveis ou impossíveis: é preciso ousar! O desesperançado é somente um fantasma sem voz, sem alma, sem rumo. É natural do ser humano querer ser admirado por seus feitos, e ser considerado grande mesmo na sua pequenez. E para ser grande é preciso perseguir os ideais até alcançá-los, ou morrer lutando sem desistir jamais da batalha.


Garras

Esse medo que temos
De tentar e fracassar
Muitas vezes nos derrota.
Somos capazes,
Mas ele diz que não somos,
E preferimos acreditar nele,
Duvidando de nós mesmos.
O homem pode ter asas
Em sua imaginação,
E garras como as águias,
Senhoras das alturas.
Se acreditar que é capaz...

  Margarete Solange

(conteúdo da contracapa do livro)
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Resenha do livro O Velho e A Menina

O romance “O Velho e a menina” é uma história apaixonante. O ambicioso Ilmar deseja chegar ao topo da hierarquia militar, deseja ser rico, poderoso. É próspero em tudo que faz. Aos 12 anos foge de casa, morava em Araruna, município do agreste paraibano, cidade serrana. Queria saber mais sobre a guerra por isso foi se aventurar em Natal. Para crescer na vida, estava disposto a tudo, pisava os fracos, se aliava aos poderosos. Traiu o amigo, tomou-lhe a namorada. Iria casar e ter muitos filhos. Em breve seria sargento, mas o destino deu-lhe uma rasteira e o fez literalmente cair ao chão. Seus sonhos foram castrados e desde então viveu solitário, enclausurado em seu pequeno mundo, onde somente autores e livros tinha permissão para entrar. Hemingway era seu amigo mais chegado, com ele costumava conversar em sua meditações contemplando o vai e vem das ondas do mar no entardecer. Com frequência, relembrava o trecho da história O velho e mar na qual o velho Santiago conseguia fisgar o seu grande peixe. O velho Santiago era admirável, enquanto ele, o velho Ilmar, não era mais. E ele nem era tão velho assim, a velhice chegou para ele prematuramente. Qualquer dia a morte bateria a sua porta e o levaria com ela; não iria resistir, iria segui-la submisso. Lamentava o fato de que nada deixaria que registrasse a sua passagem sobre a terra. Era um fraco, um homem medíocre, assim pensava, até que conheceu uma menina alegre, cheia de vida que o fez novamente acreditar que valia a pena sonhar e lutar para alcançar a realização de todos os seus sonhos, mesmo aqueles que lhe pareciam impossíveis.
Marina Bravia

Trecho do Prefácio
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Santiago e Ilmar, dois velhos. Ambos aprenderam a enfrentar as agruras da vida com resignação. Ilmar também teve os seus sonhos literalmente castrados. O amor desiludido, a dialética relação entre a esperança e o desencantamento permeava sua mente. Ouvi de Santiago, pelas palavras de um homem, mas foi uma mulher que me contou de Ilmar. Margarete destacou dilemas e frustrações do velho angustiado. Todo velho, às margens de uma praia, adora contar estórias! Mas com Ilmar era diferente. Contar estórias era como lançar sementes na terra. Participar do processo criador. Construir, ao mesmo tempo, sonhos e ilusões. Celebrar a vida.

José Roberto Barbosa
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Trecho do Posfácio
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Li O velho e o mar, numa versão traduzida para o português, e isso limitava o meu campo de visão. Chamou-me a atenção o fato de que alguns colegas tinham opiniões contrastantes na análise dessa obra.
[...]
A velhice é inquietante porque limita os passos do homem e anuncia-lhe a morte, e ele não tem como deixar de ir ao seu encontro, a menos que a morte o encontre primeiro.
Essas e outras reflexões se avolumaram em meus pensamentos e, assim, a semente estava plantada. Dia a dia foram surgindo mais elementos para o nascimento de um outro velho. A fonética contribuiu para escolha do nome. Um amigo admirável de bom coração se chamava Ilmar; então esse nome me chegou trazido pelo vento. E embora o Ilmar que eu conheço não seja em nada parecido com o personagem que criei, peguei-lhe o nome emprestado.
Trabalhei algum tempo criando o enredo, montando começo, meio e fim. Visitei a praia onde o meu velho “morou” e ouvi aquilo que os moradores tinham para me contar a respeito do lugar.
[...]
Ao longo dos anos, a voz dos que leem as minhas obras tem sido peça chave em minha carreira. E, como para mim o leitor importa, e muito, é para ele, e por causa dele que escrevo e aprecio por demais saber que a leitura de meus textos suscita, em alguns, ora gargalhadas, ora lágrimas. E isso não tem preço.
A autora





Fonte: 
O Velho e a Menina
Margarete Solange.
Oito Editora, 
Natal, 2014, 142 p.
fotografias de 
Felipe Galdino.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A Vida precisa dos Sonhos

O amor pela menina fez Ilmar aprender a sonhar novamente. E o sonhar impulsiona o homem a sentir-se capaz. A vida precisa dos sonhos para ser melhor vivida. Não importa se esses sonhos são possíveis ou impossíveis: é preciso ousar! O desesperançado é somente um fantasma sem voz, sem alma, sem rumo. É natural do ser humano querer ser admirado por seus feitos, e ser considerado grande mesmo na sua pequenez. E para ser grande é preciso perseguir os ideais até alcançá-los, ou morrer lutando sem desistir jamais da batalha.


O Velho e a Menina
Romance de 
Margarete Solange
Literatura Brasileira 
ISBN: 978-85-68246-18-4 
1ª edição
Ano:  2014,  páginas: 142
Oito Editora:
Imagem da capa: Felipe Galdino


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um dos Malfeitores

Às vezes, convivemos com ladrões e não lhes conhecemos as verdadeiras faces, porque estes, além de nos roubar, nos enganam. Neles confiamos por não saber que eles, mesmo não portando armas, nos roubam ainda mais do que aqueles que fazem desse ofício uma profissão.




Margarete Solange
Contos Reunidos 
Sarau das Letras, 
2014,  p.162
Trecho do conto
Um dos Malfeitores, 
Fotografia de
 Felipe Galdino

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Resumo do Livro Rebeca

A história se passa em um tempo antigo, mais precisamente a época do rei Nabuconosor, e se utiliza de linguagens e simbologias bíblicas para mostrar a trajetória de uma mulher que traça estratégias, mata para se defender, e luta em tempos de guerra para proteger sua gente e sua aldeia dos ataques de soldados inimigos. Para não se tornar mulher do próprio sogro, a jovem viúva foge durante a noite acompanhada de seu irmão Ismael e esconde-se no Vale do Sitim. Lá permanece escondida em cavernas esperando que o irmão retorne para buscá-la trazendo com ele o seu pai Eliacim. Mesmo vivendo em tempos nos quais a mulher era uma espécie de propriedade privada considerada em tudo inferior ao homem, a bela Rebeca se destaca tornando-se respeitada e conquistando privilégios que eram concedidos somente aos anciões conselheiros do povo. 


REBECA
Romance de 
Margarete Solange
Literatura Brasileira 
ISBN: 85-911291-2-1
1ª edição
Ano:  2000
Editora: Santos
Mossoró RN
70 páginas

domingo, 14 de setembro de 2014

Nada se perde,

Nos limites da imaginação e da mão daquele que cria, tudo se aproveita, nada se extravia. Na vida e na morte, no riso e no pranto, com uma pitada de sal, aumentos e descontos, temperam-se os pontos que se transformam em contos. Tudo se recria: fatos reais, sobrenaturais, o enredo que se lê e o incidente que se conta; o provável e o possível. Aquilo que foi ou mesmo coisa que jamais aconteceu convencem como verdades, especialmente se narrados pelo “eu”. Seja felicidade, tédio ou amargura, para um escritor, nada se perde, tudo se transforma em literatura. 

Margarete Solange 



Fonte: Margarete Solange, 
Contos Reunidos. 
Editora Sarau das Letras, 
Trecho do Conto: 
Inventor de Contos
2014, p. 61

domingo, 20 de julho de 2014

Amigo

                              poesia de Margarete Solange

Quando amamos um amigo
E esse amor é verdadeiro, jamais acaba.
Não se apaga com o sopro do vento,
Não se perde com o tempo,
Nem some à distância...
Se o amigo sofre,
Sua dor nos aperta o peito.
Quando vence, nos alegramos de sua vitória.
Não o consideramos semelhante às pessoas comuns,
E ele é verdadeiramente alguém especial e raro.
Se nos magoa, rapidamente esquecemos suas ofensas
Se o ferimos e não nos perdoa,
Somos terrivelmente atormentados pelas lembranças alegres
dos dias em que sorrimos juntos.
Mas mesmo assim lhe desejamos todo bem desse mundo.
E, pelo resgate de sua amizade,
Daríamos metade de nosso tesouro.



Foto de Felipe Galdino



Fonte: 
Margarete Solange.
Inventor de Poesia: 
 Queima-bucha,
 2010,   p 25.
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