Restos
.
Silêncio nesta noite,
Dor de cotovelo
Mexe o vento inteiro,
Joga os meus pedaços
Longe, lá embaixo...
Onde o sopro foi,
Onde a areia cai,
Aonde ninguém vai.
Como um barco sem rumo
Vou flutuar, navegar,
Naufragar no mar que me restou.
Se der, vou me arrancar
Para replantar sementes
Do que havia em mim.
A poesia "Restos" escrita na adolescência, publicada pela primeira vez no livreto "Um Chão Maior" em 1981, foi musicada por dois amigos da autora, na época músicos amadores dos quais a autora perdeu o contato.
Fontes